Segundo Edgar Morin, há sete saberes "fundamentais" que a educação do futuro deveria promover em todas as sociedades em todas as culturas.
Ensinar o conhecimento do conhecimento
É necessário introduzir e desenvolver o estudo das características cerebrais, mentais e culturais dos conhecimentos humanos, dos seus processos e modalidades, das disposições físicas e culturais que geram o erro e a ilusão. É preciso conhecer o que é conhecer, travar "o combate da lucidez".
Ensinar a religar os conhecimentos
A supremacia de um conhecimento fragmentado, em disciplina, torna muitas vezes impossível estabelecer a ligação entre as partes e as totalidades. É necessário promover um conhecimento capaz de compreender os problemas globais e fundamentais, as relações mútuas e influências recíprocas entre as partes e o todo neste nosso mundo complexo.
Ensinar a condição humana
O ser humano é simultaneamente físico, biológico, psíquico, cultural, social e histórico e esta unidade complexa da natureza humana é completamente desintegrada no ensino. Os saberes disciplinares tornam impossível compreender o que significa o ser humano. é preciso restaurar esta unidade e promover de forma integrada, e interdisciplinar a compreensão da condição humana.
Ensinar a identidade terrena
O destino planetário do gênero humano é uma realidade ignorada pelo ensino. É preciso ensinar a história das era planetária que começa com a comunicação de todos os continentes no século XVI, e mostra como todas as partes do mundo se tornaram intersolidárias, sem ocultar as e dominações que ameaçaram a humanidade e que ainda não desapareceram.
Ensinar a enfrentar as incertezas
O ensino deveria incorporar as incertezas que surgiram nas ciências físicas, biológicas, históricas e orientar-se pelos princípios de estratégia que permitem lidar com o aleatório, o inesperado e o incerto a fim de modificar o seu desenvolvimento. É preciso aprender a navegar num oceano de incertezas através de arquipélagos de certezas.
Ensinar a compreensão
A compreensão é ao mesmo tempo meio e fim da comunicação humana. O planeta precisa, em todos os sentidos, de mútuas compreensões. A compreensão entre humanos, os próximos e os estranhos é vital para o desenvolvimento da humanidade e para fazer cessar a barbárie da incompreensão - além de suas modalidades e seus efeitos - se quisermos viver em paz.
Ensinar a ética do gênero humano
O ensino deve conduzir a uma "antropoética", através da consideração do caráter da condição humana - indivíduo, sociedade, espécie. Neste sentido a ética indivíduo/espécie necessita de um controle mútuo da sociedade pelo indivíduo e do indivíduo pela sociedade. Torna-se necessário o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e da consciência de pertencer à espécie humana.
FONTE: Revista Pense! - Nº 6 - p. 27
Ensinar a condição humana
O ser humano é simultaneamente físico, biológico, psíquico, cultural, social e histórico e esta unidade complexa da natureza humana é completamente desintegrada no ensino. Os saberes disciplinares tornam impossível compreender o que significa o ser humano. é preciso restaurar esta unidade e promover de forma integrada, e interdisciplinar a compreensão da condição humana.
Ensinar a identidade terrena
O destino planetário do gênero humano é uma realidade ignorada pelo ensino. É preciso ensinar a história das era planetária que começa com a comunicação de todos os continentes no século XVI, e mostra como todas as partes do mundo se tornaram intersolidárias, sem ocultar as e dominações que ameaçaram a humanidade e que ainda não desapareceram.
Ensinar a enfrentar as incertezas
O ensino deveria incorporar as incertezas que surgiram nas ciências físicas, biológicas, históricas e orientar-se pelos princípios de estratégia que permitem lidar com o aleatório, o inesperado e o incerto a fim de modificar o seu desenvolvimento. É preciso aprender a navegar num oceano de incertezas através de arquipélagos de certezas.
Ensinar a compreensão
A compreensão é ao mesmo tempo meio e fim da comunicação humana. O planeta precisa, em todos os sentidos, de mútuas compreensões. A compreensão entre humanos, os próximos e os estranhos é vital para o desenvolvimento da humanidade e para fazer cessar a barbárie da incompreensão - além de suas modalidades e seus efeitos - se quisermos viver em paz.
Ensinar a ética do gênero humano
O ensino deve conduzir a uma "antropoética", através da consideração do caráter da condição humana - indivíduo, sociedade, espécie. Neste sentido a ética indivíduo/espécie necessita de um controle mútuo da sociedade pelo indivíduo e do indivíduo pela sociedade. Torna-se necessário o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e da consciência de pertencer à espécie humana.
FONTE: Revista Pense! - Nº 6 - p. 27